Exemplos de
Why so
3 resultados encontrados
1. Uai sô
2. Taverna
”Vede-la murcha e seca como o crânio dela! III BERTRAM But
should I for others groan, When none will sigh for me! Chil
o How now, Horatio? You tremble, and look pale. Is not this
mething more than phantasy? What think you of it? Hamlet. At
audade! Morrem na embriaguez da vida as dores! Que importam
nhos, ilusões desfeitas? Fenecem como as flores! José Boni
dormem ébrias, macilentas como defuntos? Não sentis que o
no da embriaguez pesa negro naquelas pálpebras onde a belez
corvos errantes, e a lua desmaia como a luz de uma lâmpada
bre a alvura de uma beleza que dorme, que melhor noite que a
passa e ri de escárnio as agonias do povo que morre... aos
luços que seguem as mortalhas do cólera! — O cólera! e
vês que as taças estão vazias bebemos o vácuo, como um
nâmbulo? — É o Fichtismo na embriaguez! Espiritualista,
em nome de todas as nossas reminiscências, de todos os nos
s sonhos que mentiram, de todas as nossas esperanças que de
nome de todas as nossas reminiscências, de todos os nossos
nhos que mentiram, de todas as nossas esperanças que desbot
em do idealismo, e o transunto de tudo quanto ha mais vaporo
naquele espiritualismo que nos fala da imortalidade da alma
de moço as rugas da fronte e a rouxidão dos lábios convul
s. Por entre os cabelos prateava-se-lhe o reflexo das luzes
aquelas pálpebras iam abrir-se, que era apenas o ópio do
no que emudecia aquele homem? Imortalidade da alma! e por qu
aquele homem? Imortalidade da alma! e por que também não
nhar a das flores, a das brisas, a dos perfumes? Oh! não mi
virgindade eterna! a vida não e mais que a reunião ao aca
das moléculas atraÃdas: o que era um corpo de mulher vai
Platão foi talvez para o coração de um ser impuro. Por is
eu vo-lo direi: se entendeis a imortalidade pela metempsico
bem! talvez eu a creia um pouco; pelo platonismo, não! —
lfieri! és um insensato! o materialismo é árido como o de
como um túmulo! A nós frontes queimadas pelo mormaço do
l da vida, a nós sobre cuja cabeça a velhice regelou os ca
nós frontes queimadas pelo mormaço do sol da vida, a nós
bre cuja cabeça a velhice regelou os cabelos, essas crença
velhice regelou os cabelos, essas crenças frias? A nós os
nhos do espiritualismo. — Archibald! deveras, que é um so
sonhos do espiritualismo. — Archibald! deveras, que é um
nho tudo isso! No outro tempo o sonho da minha cabeceira era
iritualismo. — Archibald! deveras, que é um sonho tudo is
! No outro tempo o sonho da minha cabeceira era o espÃrito
ibald! deveras, que é um sonho tudo isso! No outro tempo o
nho da minha cabeceira era o espÃrito puro ajoelhado no seu
via nos lábios, e a mulher seminua, trêmula e palpitante
bre os joelhos. — Blasfêmia! e não crês em mais nada? t
roçar úmida por nós! Na jangada do náufrago, no cadafal
, no deserto, sempre banhado do suor frio do terror e que ve
que vem a crença em Deus! Crer nele como a utopia do bem ab
luto, o sol da luz e do amor, muito bem! Mas, se entendeis p
crença em Deus! Crer nele como a utopia do bem absoluto, o
l da luz e do amor, muito bem! Mas, se entendeis por ele os
adas pela natureza ardente daquela terra como nem Homero as
nhou, como a humanidade inteira ajoelhada sobre os túmulos
o nem Homero as sonhou, como a humanidade inteira ajoelhada
bre os túmulos do passado nunca mais lembrará! Mas, quando
miséria! miséria! três vezes miséria! Tudo aquilo é fal
: mentiram como as miragens do deserto! — Estas ébrio, Jo
a — o judeu, e o esterismo crente de Malebranche nos seus
nhos da visão em Deus. A verdadeira filosofia e o epicurism
branche nos seus sonhos da visão em Deus. A verdadeira filo
fia e o epicurismo. Hume bem o disse: o fim do homem é o pr
terror. Não é um conto, é uma lembrança do passado. —
lfieri! Solfieri! aà vens com teus sonhos! — Conta! Solfi
£o é um conto, é uma lembrança do passado. — Solfieri!
lfieri! aà vens com teus sonhos! — Conta! Solfieri falou:
ança do passado. — Solfieri! Solfieri! aà vens com teus
nhos! — Conta! Solfieri falou: os mais fizeram silêncio.
€” Solfieri! Solfieri! aà vens com teus sonhos! — Conta!
lfieri falou: os mais fizeram silêncio. II SOLFIERI ...Yet
s! — Conta! Solfieri falou: os mais fizeram silêncio. II
LFIERI ...Yet one kiss on your pale clay And those lips once
FIERI ...Yet one kiss on your pale clay And those lips once
warm — my heart! my heart! Cain. Byron — Sabei-lo. Roma
por uma nos palácios, as ruas se fazias ermas, e a lua de
nolenta se escondia no leito de nuvens. Uma sombra de mulher
s, e a lua de sonolenta se escondia no leito de nuvens. Uma
mbra de mulher apareceu numa janela solitária e escura. Era
leito de nuvens. Uma sombra de mulher apareceu numa janela
litária e escura. Era uma forma branca. — A face daquela
choro de frenesi, um como gemer de insânia: aquela voz era
mbria como a do vento a noite nos cemitérios cantando a nê
entia nas faces caÃrem-me grossas lágrimas de água, como
bre um túmulo prantos de órfão. Andamos longo tempo pelo
ue se erguiam de entre o ervaçal. Ela ajoelhou-se. Parecia
luçar: em torno dela passavam as aves da noite. Não sei se
estavam quebradas junto a uma cruz. O frio da noite, aquele
no dormido à chuva, causaram-me uma febre. No meu delÃrio
ssava e repassava aquela brancura de mulher, gemiam aqueles
luços e todo aquele devaneio se perdia num canto suavÃssim
voltei a Roma. Nos beijos das mulheres nada me saciava: no
no da saciedade me vinha aquela visão... Uma noite, e após
faces e a lascÃvia nos lábios úmidos, gemendo ainda nos
nhos como na agonia voluptuosa do amor. SaÃ. Não sei se a
e âmbar que lustra os mármores antigos. O gozo foi fervoro
— cevei em perdição aquela vigÃlia. A madrugada passav
parecia reanimar-se. Súbito abriu os olhos empanados. Luz
mbria alumiou-os como a de uma estrela entre névoa, apertou
u passara uma hora de embriaguez me resfriava. Pude a custo
ltar-me daquele aperto do peito dela... Nesse instante ela a
vel aquele que gira ao acordado que emparedam num sepulcro;
nho gelado em que sentem-se os membros tolhidos, e as faces
— Uma mulher!... Mas essa roupa branca e longa? Serás aca
roubador de cadáveres? Um guarda aproximou-se. Tocou-lhe a
ar o meu fardo; e eu sentia que a moça ia despertar. Temero
de que ouvissem-na gritar e acudissem, corri com mais esfor
esforço. Quando eu passei a porta ela acordou. O primeiro
m que lhe saiu da boca foi um grito de medo... Mal eu fechar
entrei no quarto da moça vi-a erguida. Ria de um rir convul
como a insânia, e frio como a folha de uma espada. Trespas
a a meu peito muda e fria, beijei-a e cobri-a adormecida do
no eterno com o lençol de seu leito. Fechei-a no seu túmul
l de seu leito. Fechei-a no seu túmulo e estendi meu leito
bre ele. Um ano — noite a noite — dormi sobre as lajes q
ndi meu leito sobre ele. Um ano — noite a noite — dormi
bre as lajes que a cobriam. Um dia o estatuário me trouxe a
que era uma virgem que dormia? — E quem era essa mulher,
lfieri? — Quem era? seu nome? — Quem se importa com uma
ijos, quando nem há dele mister por escrever-lho na lousa?
lfieri encheu uma taça e bebeu-a. Ia erguer-se da mesa quan
-se da mesa quando um dos convivas tomou-o pelo braço. —
lfieri, não é um conto isso tudo? — Pelo inferno que nã
vivas tomou-o pelo braço. — Solfieri, não é um conto is
tudo? — Pelo inferno que não! por meu pai que era conde
insônia nas mesas do jogo, e na doidice dos abraços convul
s com que ela me apertava o seio! Foi ela, vós o sabeis, qu
... linda daquele moreno das Andaluzas que não há vê-las
b as franjas da mantilha acetinada, com as plantas mimosas,
s que brilham e os lábios de rosa d'Alexandria sem delirar
nhos delas por longas noites ardentes! Andaluzas! sois muito
delirar sonhos delas por longas noites ardentes! Andaluzas!
is muito belas! se o vinho, se as noites de vossa terra, o l
de vossa terra, o luar de vossas noites, vossas flores, vos
s perfumes são doces, são puros, são embriagadores, vos a
mes são doces, são puros, são embriagadores, vos ainda o
is mais! Oh! por esse eivar a eito de gozos de uma existênc
³s das longas noites perdidas ao relento a espreitar-lhe da
mbra um aceno, um adeus, uma flor, quando após tanto desejo
, uma flor, quando após tanto desejo e tanta esperança eu
rvi-lhe o primeiro beijo, tive de partir da Espanha para Din
ha para Dinamarca onde me chamava meu pai. Foi uma noite de
luços e lágrimas, de choros e de esperanças, de beijos e
os e promessas, de amor, de voluptuosidade no presente e de
nhos no futuro... Parti. Dois anos depois foi que voltei. Qu
elas horas de amor e de lágrimas, de saudades e beijos, de
nhos e maldições pare nos esqueceremos um do outro. . . .
. . . . . . . . . . . Uma noite, dois vultos alvejavam nas
mbras de um jardim, as folhas tremiam ao ondear de um vestid
ardim, as folhas tremiam ao ondear de um vestido, as brisas
luçavam aos soluços de dois amantes, e o perfume das viole
s tremiam ao ondear de um vestido, as brisas soluçavam aos
luços de dois amantes, e o perfume das violetas que eles pi
no deles era ainda mais doce perdido no perfume dos cabelos
ltos de uma mulher... Essa noite — foi uma loucura! foram
er... Essa noite — foi uma loucura! foram poucas horas de
nhos de fogo! e quão breve passaram! Depois a essa noite se
.. e muitas noites as folhas sussurraram ao roçar de um pas
misterioso, e o vento se embriagou de deleite nas nossas fr
noites as folhas sussurraram ao roçar de um passo misterio
, e o vento se embriagou de deleite nas nossas frontes páli
deleite nas nossas frontes pálidas... Mas um dia o marido
ube tudo: quis representar de Otelo com ela. Doido!... Era a
a alta noite: eu esperava ver passar nas cortinas brancas a
mbra do anjo. Quando passei, uma voz chamou-me. Entrei. —
z chamou-me. Entrei. — Ângela com os pés nus, o vestido
lto, o cabelo desgrenhado e os olhos ardentes tomou-me pela
ti uma cabeça fria como neve e molhada de um lÃquido espes
e meio coagulado. Era sangue... Quando Ângela veio com a l
rÃvel!... O marido estava degolado. Era uma estátua de ges
lavada em sangue... Sobre o peito do assassinado estava uma
ava degolado. Era uma estátua de gesso lavada em sangue...
bre o peito do assassinado estava uma criança de bruços. E
ram, esse era o meu presente: agora será, negro embora, um
nho do meu passado. Sou tua e tua só. Foi por ti que tive f
esente: agora será, negro embora, um sonho do meu passado.
u tua e tua só. Foi por ti que tive força bastante para ta
um viajar sem fim. Ângela vestia-se de homem: era um formo
mancebo assim. No demais ela era como todos os moços liber
tomava um bandolim e me cantava as modas de sua terra... Nos
s dias eram lançados ao sono como pérolas ao amor: nossas
tava as modas de sua terra... Nossos dias eram lançados ao
no como pérolas ao amor: nossas noites sim eram belas! . .
re inocente amou-me; e eu, recebido como o hóspede de Deus
b o teto do velho fidalgo, desonrei-lhe a filha, roubei-a, f
bido como o hóspede de Deus sob o teto do velho fidalgo, de
nrei-lhe a filha, roubei-a, fugi com ela... E o velho teve d
om ela... E o velho teve de chorar suas cãs manchadas na de
nra de sua filha, sem poder vingar-se. Depois enjoei-me dess
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eis aà quem eu
u: se quisesse contar-vos longas histórias do meu viver, vo
trevas. A sede da vida veio ardente: apertei aquele que me
corria: fiz tanto, em uma palavra, que, sem querê-lo, matei
ava num escaler de marinheiros que remavam mar em fora. AÃ
ube eu que meu salvador tinha morrido afogado por minha culp
ido afogado por minha culpa. Era uma sina, e negra; e por is
ri-me; ri-me, enquanto os filhos do mar choravam. Chegamos
s-a apenas que tem no seio um corpo que se corrompe! lereis
bre a lousa um nome — e não mais! O comandante franziu as
re a lousa um nome — e não mais! O comandante franziu as
brancelhas, e passou adiante para comandar a manobra. O coma
— e não mais! O comandante franziu as sobrancelhas, e pas
u adiante para comandar a manobra. O comandante trazia a bor
mão aqueles que passavam junto dela se descobriam respeito
s. Nunca ninguém lhe vira olhares de orgulho, nem lhe ouvir
lpita o peito que longas noites abriu-se às luas do oceano
litário, que adormeceu pensando nela ao frio das vagas e ao
sua cesta de flores, ou adormecida entre os laranjais cheiro
s, ou dançando o fandango lascivo nos bailes ao relento! Ho
ouve-as... junto a mim, muitas faces ásperas e tostadas ao
l do mar que se banharam de lágrimas... Voltemos a históri
meio de sua melancolia, de sua tristeza e sua palidez, ela
rria as vezes quando cismava sozinha, mas era um sorrir tão
tristeza e sua palidez, ela sorria as vezes quando cismava
zinha, mas era um sorrir tão triste que doÃa. Coitada! Um
dez, ela sorria as vezes quando cismava sozinha, mas era um
rrir tão triste que doÃa. Coitada! Um poeta a amaria de jo
Uma noite — de certo eu estava ébrio — fiz-lhe uns ver
s. Na lânguida poesia, eu derramara uma essência preciosa
e poluÃra no mundo... Bofé que chorei quando fiz esses ver
s. Um dia, meses depois, li-os, ri-me deles e de mim; e os a
, como os pesadelos no Oceano. Com suas lágrimas, com seus
rrisos, com seus olhos úmidos e os seios intumescidos de su
o os pesadelos no Oceano. Com suas lágrimas, com seus sorri
s, com seus olhos úmidos e os seios intumescidos de suspiro
is? Ela amou-me também. Uma vez a luz ia lÃmpida e serena
bre as águas, as nuvens eram brancas como um véu recamado
o. Aquele seio palpitante, o contorno acetinado, apertei-os
bre mim... O comandante dormia . . . . . . . . . . . . . . .
lo. O barco que até então tinha seguido rumo oposto ao nos
e vinha proa contra nossa proa virou de bordo e apresentou-
tempo enquanto o comandante se batia como um bravo, eu o de
nrava como um covarde. Não sei como se passou o tempo todo
bravo, eu o desonrava como um covarde. Não sei como se pas
u o tempo todo que decorreu depois. Foi uma visão de gozos
rte e da vida, no leito do mar. Quando acordei um dia desse
nho, o navio tinha encalhado num banco de areia: o ranger da
a, que dormistes as noites da saciedade como eu, com a face
bre ele e com os olhos ainda fitos nele, vistes tanta vez am
e maldizem, às lágrimas dos que esperam e desesperam, aos
luços dos que tremem e tiritam de susto como aquele que bat
ós rolávamos abraçados, atados a um cabo da jangada, por
bre as tábuas... Quando a aurora veio, restávamos cinco: e
gua do mar. Depois tudo o que houve de mais horrÃvel se pas
u... — Por que empalideces, Solfieri! a vida e assim. Tu o
uve de mais horrÃvel se passou... — Por que empalideces,
lfieri! a vida e assim. Tu o sabes como eu o sei. O que é o
m ondas que o vento da velhice lhe cavava no mar da vida...
b espessas sobrancelhas grisalhas lampejavam-lhe os olhos pa
vento da velhice lhe cavava no mar da vida... Sob espessas
brancelhas grisalhas lampejavam-lhe os olhos pardos e um esp
ancelhas grisalhas lampejavam-lhe os olhos pardos e um espes
bigode lhe cobria parte dos lábios. Trazia um gibão negro
ate as bordas e beberei convosco. — Quem és? —Quem eu
u? na verdade fora difÃcil dizê-lo: corri muito mundo, a c
dando de nome e de vida. Fui poeta e como poeta cantei. Fui
ldado e banhei minha fronte juvenil nos últimos raios de so
soldado e banhei minha fronte juvenil nos últimos raios de
l da águia de Waterloo. Apertei ao fogo da batalha a mão d
taverna com Bocage — o português, ajoelhei-me na Itália
bre o túmulo de Dante e fui a Grécia para sonhar como Byro
me na Itália sobre o túmulo de Dante e fui a Grécia para
nhar como Byron naquele túmulo das glórias do passado. —
Byron naquele túmulo das glórias do passado. — Quem eu
u? Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos trinta, sou
sou? Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos trinta,
u um vagabundo sem pátria e sem crenças aos quarenta. Sent
abundo sem pátria e sem crenças aos quarenta. Sentei-me a
mbra de todos os sóis, beijei lábios de mulheres de todos
que prendia seus cabelos. Dele olhai... O velho tirou do bol
um embrulho: era um lençol vermelho o invólucro: desatara
se da embriaguez para escrever o hino sanguinário e fervoro
de Rouget de l'Isle, ou para, na criação do painel medonh
te, nas orgias de Marlowe, no peregrinar de Byron havia uma
mbra da doença de Hamlet: quem sabe? — Mas a que vem tudo
a da doença de Hamlet: quem sabe? — Mas a que vem tudo is
? — Não bradastes — miséria e loucura!... vós, almas
miséria e loucura!... vós, almas onde talvez borbulhava o
pro de Deus, cérebros que a luz divindade gênio esclarecia
ta séculos depois o fez a Cristo, e disse-lhe: Vê, tudo is
e belo — vales e montes, águas do mar que espumam, folha
e tremem e sussurram como as asas dos meus anjos — tudo is
é teu. Fiz-te o mundo belo no véu purpúreo do crepúscul
a nessas brisas, nesse orvalho, na escuma dessas cataratas.
nha como a noite, canta como os anjos, dorme entre as flores
á; no seio dela, nas ondas daquele cabelo, afoga-te como o
l entre vapores. Rei no peito dela, rei na terra, vive de am
poesia e de beleza, levanta-te, vai, e serás feliz! Tudo is
é belo, sim!... mas é a ironia mais amarga, a decepção
¡rida de todas as ironias e de todas as decepções. Tudo is
se apaga diante de dois fatos muito prosaicos — a fome e
s nuvens, que se aquenta no eflúvio da luz mais ardente do
l — cair assim com as asas torpes e verminosas no lodo das
no charco e ache ainda uma convulsão infame pare dizer —
u feliz!. . . Isso tudo, senhores, pare dizer-vos uma coisa
inda uma convulsão infame pare dizer — sou feliz!. . . Is
tudo, senhores, pare dizer-vos uma coisa muito simples... u
ois dias depois de acabados os alimentos, restavam três pes
as: eu, o comandante e ela. — Eram três figuras macilenta
peitos nus arquejavam como a agonia, cujos olhares fundos e
mbrios se injetavam de sangue como a loucura. O uso do mar â
fundos e sombrios se injetavam de sangue como a loucura. O u
do mar — não quero dizer a voz da natureza fÃsica, o br
omem —manda a morte de um para a vida de todos. Tiramos a
rte... o comandante teve por lei morrer. Então o instinto d
cai, quando morre e apodrece, ainda o aperta em seus convul
s braços! Esperar! quando o vento do mar açoita as ondas,
iedade de mim, lembrou-me que me amava... e uma torrente de
luços e lágrimas afogava o bravo que nunca empalidecera di
utros homens: quando o sangue lhes salpica as faces, lhes en
pa as mãos, correm a morte como um rio ao mar, como a casca
com as mãos — farÃeis o mesmo... Aquele cadáver foi nos
alimento dois dias... Depois, as aves do mar já baixavam p
a partilhar minha presa; e às minhas noites fastientas uma
mbra vinha reclamar sua ração de carne humana... Lancei os
l que podem ter duas criaturas em delÃrio de morte. Quando
ltei-me dos braços dela a fraqueza a fazia desvairar. O del
de mim, e rodava em torno, escumante e esverdeado, como um
rvedouro. As nuvens pairavam correndo e pareciam filtrar san
ia? — Sim: e uma das minhas historias. Sabes, Bertram, eu
u pintor... É uma lembrança triste essa que vou revelar, p
tinha dezoito anos. Amei-a; mas meu amor era puro como meus
nhos de dezoito anos. Nauza também me amava: era um sentir
também me amava: era um sentir tão puro! era uma emoção
litária e perfumosa como as primaveras cheias de flores e d
mármore. Laura parecia querer-me como a um irmão. Seus ri
s, seus beijos de criança de quinze anos eram só para mim.
me, ao passar pelo corredor escuro com minha lâmpada,, uma
mbra me apagava a luz e um beijo me pousava nas faces, nas t
eleza, ainda inocente, o seio seminu de uma donzela a bater
bre o meu, isso tudo... ao despertar dos sonhos alvos da mad
ocente, o seio seminu de uma donzela a bater sobre o meu, is
tudo... ao despertar dos sonhos alvos da madrugada, me enlo
donzela a bater sobre o meu, isso tudo... ao despertar dos
nhos alvos da madrugada, me enlouqueceu... Todas as manhãs
a entrou ela no meu quarto e disse-me: — Gennaro, estou de
nrada para sempre... A princÃpio eu quis-me iludir, já nã
ara sempre... A princÃpio eu quis-me iludir, já não o pos
, estou de esperanças... Um raio que me caÃsse aos pés nÃ
ue me caÃsse aos pés não me assustaria tanto. — E preci
que cases comigo, que me peças a meu pai, ouves, Gennaro?
. — Oh! Gennaro! Gennaro! E caiu no meu ombro desfeita em
luços. Carreguei-a assim fria e fora de si para seu quarto.
se travava entre o dever e o amor, e entre o dever e o remor
. Laura não me falara mais. Seu sorriso era frio: cada dia
e entre o dever e o remorso. Laura não me falara mais. Seu
rriso era frio: cada dia tornava-se mais pálida, mas a grav
re o dever e o remorso. Laura não me falara mais. Seu sorri
era frio: cada dia tornava-se mais pálida, mas a gravidez
o no escuro. Já não pintava. Vendo a filha que morria aos
ns secretos de uma harmonia de morte, que empalidecia cada v
que me banhavam de lágrimas o travesseiro. Só as vezes a
mbra de um remorso me passava, mas a imagem dela dissipava t
e lágrimas o travesseiro. Só as vezes a sombra de um remor
me passava, mas a imagem dela dissipava todas essas névoas
as que ninguém podia reter, tão apressadas e confusas lhe
avam. Entrei no quarto dela: a doente conheceu-me. Ergueu-se
ceu-me. Ergueu-se branca, com a face úmida de um suor copio
, chamou-me. Sentei-me junto do leito dela. Apertou minha mÃ
convulsivamente os braços como para repelir uma idéia, pas
u a mão pelos lábios como para enxugar as últimas gotas d
ado, e arquejou... Era o último suspiro. Um ano todo se pas
u assim para mim. O velho parecia endoidecido. Todas as noit
se no quarto onde morrera Laura: levava aà a noite toda em
lidão. Dormia? ah que não! Longas horas eu o escutei no si
ei no silêncio arfar com ânsia, outras vezes afogar-se em
luços. Depois tudo emudecia: o silêncio durava horas; o qu
irei longe daqui... talvez então eu possa chorar sem remor
... Tomei-lhe a mão e beijei-a. Ela deixou sua mão nos meu
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tudo o mais foi um
nho: a lua passava entre os vidros da janela aberta e batia
. . . . . . . . . . . . . E as noites que o mestre passava
luçando no leito vazio de sua filha, eu as passava no leito
to dele, nos braços de Nauza. Uma noite houve um fato pasmo
. O mestre veio ao leito de Nauza. Gemia e chorava aquela vo
erguia dentre os lençóis do seu leito e me acendia o remor
e no remorso me rasgava o peito. Por Deus! que foi uma agon
os lençóis do seu leito e me acendia o remorso e no remor
me rasgava o peito. Por Deus! que foi uma agonia! No outro
. Por Deus! que foi uma agonia! No outro dia o mestre conver
u comigo friamente. Lamentou a falta de sua filha, mas sem u
e. Lamentou a falta de sua filha, mas sem uma lágrima. Mas
bre o passado na noite, nem palavra. Todas as noites era a m
a mesma tortura, todos os dias a mesma frieza. O mestre era
nâmbulo… E pois eu não me cri perdido… Contudo, lembre
a roupa branca passar-me por perto, roçaram-me uns cabelos
ltos, e nas lájeas do corredor estalavam umas passadas tÃm
e acordara e sentira minha falta no leito, que ouvira esses
luços e gemidos, e correra para ver… . . . . . . . . . .
cura e fria. O outono desfolhara as árvores e os primeiros
pros do inverno rugiam nas folhas secas do chão. Caminhamos
entranhávamos pelas montanhas, cada vez o caminho era mais
litário. O velho parou. Era na fralda de uma montanha. À d
ireita o rochedo se abria num trilho: Ã esquerda as pedras
ltas por nossos pés a cada passada se despegavam e rolavam
do se abria num trilho: Ã esquerda as pedras soltas por nos
s pés a cada passada se despegavam e rolavam pelo despenhad
rolavam pelo despenhadeiro e, instantes depois, se ouvia um
m como de água onde cai um peso… A noite era escurÃssima
stantes depois, se ouvia um som como de água onde cai um pe
… A noite era escurÃssima. Apenas a lanterna alumiava o c
ra escurÃssima. Apenas a lanterna alumiava o caminho tortuo
que seguÃamos. O velho lançou os olhos à escuridão do a
ta de uma cabana: a porta abriu-se. Entrou. O que aà se pas
u nem o sei: quando a porta abriu-se de novo uma mulher lÃv
a, disse eu a custo e tremendo. — Pois bem, esse infame de
nrou o pobre velho, traiu-o como Judas ao Cristo. — Mestre
o do velho? — Piedade! — E teve ele dó da virgem, da de
nra, da infanticida? — Ah! gritei. — Que tens? conheces
nfanticida? — Ah! gritei. — Que tens? conheces o crimino
? A voz de escárnio dele me abafava. — Vês pois, Gennaro
vermes. E pois, se tens ainda no coração maldito um remor
, reza tua última oração: mas seja breve. O algoz espera
. Ele era robusto, a sua estatura alta, seus braços musculo
s me quebrariam como o vendaval rebenta um ramo seco. Demais
rmado. Eu... eu era uma criança débil: ao meu primeiro pas
ele me arrojaria da pedra em cujas bordas eu estava... Só
le rir dos seus lábios estalados de febre. Só vi aquele ri
... Depois foi uma vertigem… o ar que sufocava, um peso qu
riso... Depois foi uma vertigem… o ar que sufocava, um pe
que me arrastava, como naqueles pesadelos em que se cai de
naqueles pesadelos em que se cai de uma torre e se fica pre
ainda pela mão, mas a mão cansa, fraqueja, sua, esfria...
os, as raÃzes secas que saiam pelo despenhadeiro estalavam
bre meu peso e meu peito sangrava nos espinhais. A queda era
es secas que saiam pelo despenhadeiro estalavam sobre meu pe
e meu peito sangrava nos espinhais. A queda era muito rápi
de camponeses que me tinham apanhado junto da torrente, pre
nos ramos de uma azinheira gigantesca que assombrava o rio.
torrente, preso nos ramos de uma azinheira gigantesca que as
mbrava o rio. Era depois de um dia e uma noite de delÃrios
o! — contanto que ele me perdoasse. Viver com aquele remor
me parecia impossÃvel. Parti pois: no caminho topei um pun
ra o do mestre. Veio-me então uma idéia de vingança e de
berba. Ele quisera matar-me, ele tinha rido à minha agonia
duo polvilhento. Ao pé estava um frasco vazio. Depois eu o
ube — a velha da cabana era uma mulher que vendia veneno e
outro: o corpo caiu de bruços com a cabeça para baixo; res
ou no pavimento o estalo do crânio... — Era o velho!... m
uma nódoa de sangue. Fala que chegou tua vez. — Claudius
nha algum soneto ao jeito do Petrarca, alguma auréola de pu
e sangue. Fala que chegou tua vez. — Claudius sonha algum
neto ao jeito do Petrarca, alguma auréola de pureza como a
Saturnal! O passado é o que foi, é a flor que murchou, o
l que se apagou, o cadáver que apodreceu. Lágrimas a ele?
ivam: acordem apenas os miosótis abertos naquele pântano!
breágüe naquele não-ser o eflúvio de alguma lembrança p
, como um mar de esperanças que se embate na ressaca do aca
, sabeis melhor que vertigem nos tonteia então... ideai-la
ndiosas devassidões: nenhum nababo numa noite esperdiçava
mas como eu. O suor de três gerações derramava-o eu no le
s de impaciência, um murmúrio correu pelas multidões, um
rriso... e depois eram as frontes que se expandiam e depois
impaciência, um murmúrio correu pelas multidões, um sorri
... e depois eram as frontes que se expandiam e depois uma m
ois eram as frontes que se expandiam e depois uma mulher pas
u a cavalo. VÃssei-la como eu, no cavalo negro, com as roup
©m dos cÃlios, transluzindo a rainha em todo aquele ademã
berbo: vÃssei-la bela na sua beleza plástica e harmônica,
ªndio por aqueles lábios de Lovelace e como arqueja o amor
b as roupas gotejantes de chuvas de D. Juan —o libertino!
ntes de chuvas de D. Juan —o libertino! Insano, que nunca
nhastes Lovelace sem sua máscara talvez chorando Clarisse H
o amor uma infâmia e um crime. Mil vezes insanos que nunca
nhastes o Espanhol acordando no lupanar, passando a mão pel
o no lupanar, passando a mão pela fronte e rugindo de remor
e saudade ao lembrar tantas visões alvas do passado! — B
oesia! sabeis o que é a poesia? — Meio cento de palavras
noras e vãs que um pugilo de homens pálidos entende, uma e
ãs que um pugilo de homens pálidos entende, uma escada de
ns e harmonias que aquelas almas loucas parecem idéias e lh
cas parecem idéias e lhes despertam ilusões como a lua as
mbras... Isto no que se chama os poetas. Agora, no ideal, na
de ontem em seu leito de flores! — Basta, Claudius: que is
que aà dizes ninguém o entende: são palavras, palavras e
alavras, palavras e palavras, como o disse Hamlet; e tudo is
é inanido e vazio como uma caveira seca, mentiroso como os
tudo isso é inanido e vazio como uma caveira seca, mentiro
como os vapores infectos da terra que o sol no crepúsculo
ira seca, mentiroso como os vapores infectos da terra que o
l no crepúsculo irisa de mil cores, e que se chamam as nuve
tempo havia passado em contemplação, em vê-la, ama-la e
nhá-la: apertei minhas mãos jurando que isso não iria alÃ
-la, ama-la e sonhá-la: apertei minhas mãos jurando que is
não iria além, que era muito esperar em vão e que se ela
posteiro do quarto agitou-se: um homem aà estava parado, ab
rto. Tinha a cabeça tão quente e febril e ele a repousava
onra e adultério, não riais deles — não que ele ria dis
. Amava e queria: a sua vontade era como a folha de um punha
-a com suas roupas de veludo desatadas, seus cabelos a meio
ltos ainda entremeados de pedraria e flores, seus seios meio